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domingo, 23 de maio de 2010

Missão de Resgate - Capitulo III

Capitulo III

“Tudo começou bem – disse bem devagar como se procurasse forças para começar – chegamos antes do anoitecer a uns três quilômetros a norte de onde encontrei vocês...”

- Que lugarzinho bom para passar as férias – comentou Erick olhando ao redor.

O sol já estava se pondo, as massas de ar quente ainda eram visíveis, para todo lado que olhassem só viam o deserto

Chang olhou para o céu, em pouco tempo a noite cairia sobre eles.

- Max, precisamos de um lugar para passar a noite, não quero morrer congelado nesse deserto.

Max continuava fitando o horizonte. Acenou com a cabeça.

- Erick esta com seu localizador?

- Sim senhor.

Tirou do bolso um pequeno aparelho de cor esverdeada, com um teclado expansível e um visor na parte superior.

-Ajuste-o para captar qualquer movimento num raio de 2 km

Depois de apertar alguns botões, Erick fez um sinal positivo com o dedo e seguiram viajem

Caminharam por uma hora sem que nada acontecesse. A única coisa que chamou a atenção de Max foi uma chapa de ferro, que ele encontrou perto de uma pedra. Mas foi só.

A noite já tinha chegado quando Erick percebeu um sinal no localizador


- senhor, quatro pontos se movendo em nossa direção.

- Quanto tempo para chegarem?

- Não mais que dez minutos.

- Fiquem preparados – precaveu Max. – não sabemos com quem estamos lhe dando. Por via das duvidas, deixem suas armas preparadas.

Continuaram caminhando, até chegarem a um trecho plano do deserto, ali poderiam ter uma visão de qualquer um que se aproximasse.

Não demorou muito para quatro vultos aparecem em cena

Erick engoliu um seco. – São eles.

Max não parou, apoiou sua arma nas costas e seguiu em direção aos quatro desconhecidos.

Defrontaram-se com três homens, de aparência rude e hostil, e uma mulher de aparência delicada e pele morena vestindo trajes árabes. Os quatro armados

Um dos homens gritou alguma coisa em árabe

Chang e Max olharam para Erick.

- Consegue traduzir?

- É árabe. Disseram para nos identificar

- Diga quem somos e porque estamos aqui.

Começou a falar com o árabe.

- Somos do comando de ação antiterrorismo da Corporação Nexus

O homem virou-se para a mulher, pelo visto era ela quem dava as ordens.

- Meu nome é Aminah Radd – disse. – Posso estar errado, mas, acredito que vocês não sejam da GCP.

- GCP?

- Global Company of Petrol.

Max abriu a boca para dizer alguma coisa, mas a única coisa que conseguiu foi balbuciar algumas coisas sem sentido. Até que finalmente disse.

- Você fala inglês?

- Uma pessoa sensata tenta buscar tudo oque pode sobre seu inimigo senhor...

- Simon, comandante Max Phoenix Simon. Capitão Chang Wong e o poliglota ali é o agente Erick Lambertt.

- Vocês disseram que são da corporação Nexus, americanos?

- Sim e não se te tranqüiliza, somos de uma corporação que após descobrir as propriedades da sexta dimensão passou a explorar essa nova dimensão, e para espanto dos cientistas, descobriu-se que entre a sexta dimensão e a nossa existe uma anomalia temporal que permite a transição para outros tipos de realidade.

Aminah o olhava como se olhasse para um louco.

- viajem Hexadimensional? – perguntou ainda incrédula.

- Entenda apenas que somos de uma realidade paralela, não muito diferente da sua.

Aparentemente isso tranqüilizou Aminah que deu um sinal para o árabe a sua esquerda, em seguida disse.

- siga-nos, o deserto é um lugar perigoso durante a noite.

Erick que parecia nem estar ali de tão quieto que estava soltara um suspiro aliviado. O pior já tinha passado. Pelo menos era oque ele imaginava.

Andaram por cerca de meia hora em direção ao sul. Com freqüência Aminah olhava para todos os lados, certificando-se de que ninguém os seguira.

Chegaram finalmente a uma pequena e devastada cidade, algumas casas queimadas outras destruídas construíam aquela paisagem triste.

- É aqui senhores. Nossa pequena resistência, isso já foi, e se Ala quiser um dia será de novo uma bela cidade.

- Oque houve aqui Aminah? – perguntou Max, no fundo já sabia a resposta.

- A guerra comandante. A sede do homem por poder e dinheiro, se sua realidade é tão parecida com a minha quanto diz- Aminha pareceu se acostumar com a idéia de estar em frente a um homem de outra dimensão. - A guerra por petróleo não deve ser um espanto para vocês.

- Infelizmente não - ressentiu Max. – no entanto, acredito que isso levara um pouco mais de tempo por lá.

A descoberta da sexta dimensão deu inicio a uma nova fase na historia humana. O exercito americano em conjunto com outros países criaram secretamente a Corporação Nexus para vigiar estudar e administrar essa nova dimensão.

- Era oque pensávamos. Até que há pouco mais de três anos uma grande empresa petrolífera resolveu expandir seus domínios, comprou de pouco em pouco as maiores petrolíferas do mundo, até virar seus olhos gananciosos para essa terra.

Max deu mais uma olhada ao redor, não se via muitas pessoas. Apenas alguns homens armados parados em pontos estratégicos.

- Pelo oque percebo a cidade foi evacuada.

- Sim, os que não morrerão fugiram para a casa de algum parente, outras cidades ou mesmo o deserto. Mas nós ficamos aqui. E lutaremos por nossas terras.

Chegaram a uma casa simples, Aminah tirou do bolso um molho de chaves, dissera em tom melancólico que essa casa pertenceu a seu irmão, morto em combate há dois anos.

Entraram, e se sentaram num sofá amarelo velho, com três lugares.

Aminah foi até a cozinha pegar algo para beberem

Quando voltou, parou subitamente perto dos três. Fitou friamente por um tempo os três homens que ali estavam até que finalmente disse.

- Você não me disse ainda senhor Simon, qual o objetivo de sua missão. Oque me faz desconfiar do senhor e seu grupo.

- Como disse somos de uma divisão antiterrorismo da corporação Nexus. A inteligência interceptou uma operação terrorista, as coordenadas eram aproximadamente essa região.

- Sim, sim, me lembro de ouvir algo sobre uma transação entre duas forças terroristas do norte do país. As negociações andam pendente o motivo é desconhecido.

- E é nossa missão acabar com essa festinha de família antes que ela vire algo pior – completou Max em tom firme.

Continuaram conversando sobre assuntos políticos locais, os três ouviam cada palavra com extrema atenção.

- A situação da economia mundial – dizia Aminah. – Foi um dos principais motivos para essa maldita guerra. Nos últimos cinco anos a bolsa teve mais de cinco crises, o desemprego e o crime se instalaram no mundo, o caos tomou conta da população.

Aminah andava de um canto ao outro da pequena sala

- Muitos países foram tomados por ditadores, Acordos comerciais foram revogados. Doenças novas surgiram apareceram. Como vêem senhores. O mundo virou de ponta cabeça.

Max continuava com o olhar fixado em Aminah,Chang procura assimilar cada informação que lhe era apresentado e Erick ouvira tudo de queixo caído.

Prosseguiu um silencio na sala que foi interrompido minutos depois pela voz grave de Max.

- E no meio de tudo isso como vocês vem sobrevivendo?

Aminah respondeu tão rápido como se já esperasse que Max perguntasse isso.

- Somos uma comunidade tranqüila Sr Simon, apenas nos defendemos, não temos condições estratégicas e econômicas para nutrir um ataque contra a sede da GCP localizada no Iraque. – explicou Aminah.

-Você deve ser muito conhecida entre seus inimigos- disse Erick de forma apressada e tímida.

- Me chamam de Aminah a rainha do Oasis central. Oasis para eles claro é esse pedaço de terra com petróleo. – com um sorriso amarelo no rosto.

- Amanhã – continuou – Aconselho os senhores a se retirarem o mais rápido possível. Suspeitamos de um novo ataque da GCP.

Max e Chang se entreolharam, Chang já conhecia aquele brilho no olhar de Max. O perigo o fascinava.

- ficaremos. Não podemos interferir em assuntos internos apenas em caso de legitima defesa – disse decidido. – só precisamos de um lugar para passar a noite.

- Fico muito grata, podem dormir ai mesmo se não se importarem – disse Aminah gentilmente.

- de forma alguma, e muito obrigado Aminah.

Aminah se retirou da sala. Passou-se quase uma hora até que alguém dissesse alguma coisa

- Acho que ajudando essa gente eles poderão nos ajudar com nossa missão. Vamos dormir, amanhã me informarei mais sobre as facções terroristas locais.

- Então tudo isso era um plano seu – disse Erick em seu tom de zombaria costumeiro- desde o começo, porque não pensei nisso antes.

- Na verdade – corrigiu Max – Só comecei a pensar a respeito quando ela disse que tinha ouvido algo a respeito, todo boato tem uma fonte. Só tenho que descobrir quem é.

Chang que já tinha se instalado perto do sofá propôs.

- se o senhor quiser. Posso procurar saber disso amanhã.= com os guardas que falem inglês. Não devem ser muitos, mas pode ser o suficiente.

- Certo – consentiu Max – Então fica assim, Chang e Erick procurem obter o maximo de informações que conseguirem com os rebeldes. Eu procurarei tirar alguma coisa de nossa anfitriã. As seis e meia nos encontramos aqui para ver oque conseguimos.

Ambos acenaram a cabeça positivamente.

- Nada mais a dizer, vamos dormir, amanhã será um longo dia. – concluiu.

Mal sabia Max como seria longo...



...

Quando Aminah acordou na manhã seguinte deparou com Max sentado no sofá com a mão sobre o queixo.

- Acordou cedo comandante- disse Aminah. – Onde estão seus agentes?

Max virou-se para Aminah.

- Os mandei em busca de informações. Informações essas que peço tua ajuda para conseguir. –respondeu o comandante.

- Tentarei ajudar no que puder senhor Simon.

- Ótimo. Espero que não se incomode se eu acompanhar-la hoje.

Aminah sorriu.

-Claro que não. Será uma honra. – disse enquanto pegava alguns papeis em cima do balcão da pequena cozinha.

Nada de extraordinário aconteceu na primeira hora da manhã, Max acompanhou Aminah por sua ronda matutina. Erick conseguira falar com um guarda sobre o assunto, mas esse não soube lhe responder nada que ele ainda não soubesse até agora. Chang tivera menos sorte ainda, não conseguiu encontrar muitos guardas que falassem seu idioma.

Já passava das seis, Os quatro estavam reunidos na casa de Aminah,quando um rapaz de cabelos emaranhados e barba por fazer entrou correndo na casa de Aminah, não devia ter mais de vinte anos.

Parou em frente à porta com o rosto assustado. Começou a falar alguma coisa que nem Max nem Aminah conseguiram entender.

- Estão... - conseguiu finalmente dizer entre respiradas rápidas. – Estão... Chegando...

Parou respirou mais um pouco e finalmente disse.

- Os mercenários estão chegando! – gritou com todas as forças.

Aminah entrou empalideceu.



...



Saíram correndo da casa sem dar atenção ao jovem que estava sentado na sala.

- Quem são esses mercenários? – perguntou Erick enquanto corria para alcançar Aminah.

- Um bando de assassinos que a GCP contratou para fazer seu trabalho sujo – respondeu Aminah sem olhar para Erick.

Aminah passou por uma guarnição.

- Soe o alarme. Os mercenários estão chegando – gritou.

Um dos homens saiu cambaleante para apertar a sirene

Aminah entrou em uma casa cheia de aparelhos de radio. Ligou o radio apressadamente e gritou a todos

- Alerta vermelho nível Maximo, os mercenários estão chegando, todos às suas posições. Repetido...

A cidade entrara em total ativação.

Homens correndo de um lado e para o outro.

- Quanto tempo para chegarem? – Perguntou Max friamente.

- Trinta minutos – respondeu um homem perto do radar.

- Chang, Erick, preparem-se, vamos lutar. – ordenou Max.

-Comandante. – Advertiu Erick - lembre-se que não podemos interferir nos ...

- Eu sei – interrompeu Max rispidamente – se não fizermos nada provavelmente seremos mortos. Minha idéia é lutar, proteger essa gente e continuar nossa investigação. Agora se alguém aqui tiver um plano melhor essa é à hora para contar.

Max estava rubro de raiva. Como ninguém disse nada continuou.

- Muito Bem. Erick fique de olho. Se as coisas piorarem entre em contato com a central.

Erick acenou com a cabeça.

Aminah voltou a entrar na sala. Faltava menos de quinze minutos. Os rebeldes estavam preparados. Dispunham de esconderijos e armadilhas espalhados pela cidade.

- Agora só nos resta esperar – disse impaciente. – quando a primeira bomba explodir é sinal de que eles chegaram.

A espera foi longa. Parecia que tinha se passado uma hora.

Até que o som de uma explosão se fez ouvir dentro daquela casa. Era a hora.



...



Do lado de fora da casa. Vinte homens trotavam dentro da cidade atirando nos rebeldes que tentavam chegar de surpresa.

Entre esses homens fortemente armados, um se destacava. Usava uma roupa revestida de um material aparentemente resistente a tiro. Aminah o reconheceu como Drake Hammond, o Paladino Negro. Ao seu lado um homem grande, com ar de imponência. Aminah não o conhecia. Seu nome era Salazar um ex-guerrilheiro das forças armadas americana.

Pararam perto de uma fonte. Aminah fez um sinal com as mãos através da janela iniciou um ataque com uma patrulha de sete homens que se encontravam a leste da fonte.

- Morram – gritavam os rebeldes em meio às rajadas de tiro.

Drake e Salazar se jogaram para perto da fonte para se protejer.

Dois mercenários caíram baleados.

- Vá pela esquerda – gritou Salazar. – vamos cercá-los.

Drake se arrastou para o lado esquerdo da fonte. Ao sinal de Salazar, levantou-se e descarregou sua munição nos três rebeldes que se encontravam olhando para o outro lado.

Os outros dois não tiveram tempo de atirar. Salazar já estava na retaguarda.

Os mercenários continuaram andando.

- Precisamos encontrar a Rainha Aminah. – Advertiu Salazar. – Espalhem-se. Procurem em todo lugar. – ordenou.



...



Os agentes não estavam mais na sala de radio. Tinham saído e se colocados em uma posição mais estratégica no telhado de uma casa.

- Daqui poderemos pega-los desprevenidos. – explicou Aminah. - Vejam.

Cinco mercenários passaram pela rua, olhando dentro das casas.

- Isso deve resolver – disse Aminah tirando uma granada pequena da bolsa e jogando-a entre os cinco homens que não tiveram tempo para se defender.

- Vamos, se ficarmos aqui seremos descobertos.

- Vamos nos espalhar, se ficarmos juntos seremos um alvo fácil- disse Max.

...

Drake não foi o único a perceber a explosão.

- De onde veio isso?– perguntou Salazar enraivecido.

- Dali – respondeu Drake apontando com a arma para a direção da explosão.

- Encontre-os. – ordenou Salazar – tragam-na viva para mim.

Drake lançou um olhar de suspeita para Salazar, mas não disse nada.

Caminhou com mais oito mercenários em direção a fumaça causada pela explosão.

Foram surpreendidos por cinco rebeldes que estavam à espreita escondidos no vão entre uma casa e outra

Trocaram tiros, dois mercenários foram baleados, mas levaram a melhor. Os tiros não faziam nenhum efeito à armadura do Paladino que prosseguiu andando como se nada tivesse acontecendo.

O terror era visível no rosto daqueles soldados que recuavam à medida que aquele soldado avançava.

O pavor foi ainda maior quando as munições acabaram. Os rebeldes recuaram apavorados. Tarde demais.



...



Os três agentes encontraram uma casa à meio minuto a norte da que se encontravam antes, Aminah correu para o lado oposto junto com mais quatro rebeldes.

- Fiquem a postos – precaveu Max. – vamos entrar ali – disse apontando para a casa.

Correram em direção à porta da casa. Chang dava cobertura pela esquerda enquanto Erick olhava tudo oque acontecia à direita deles.

Estavam a alguns metros da porta quando um tiro passou perto deles.

Max não parou. Foi de encontro a casa com uma pesada no meio da porta de madeira derrubou-a abrindo passagem para os agentes.

Max olhou a sua volta. Erick estava parado.

- Erick corra! – gritou

Erick abriu a boca para falar alguma coisa. A única coisa que saiu foi sangue. Fora baleado no estomago.

- ERICK! – gritou Chang.

Lagrimas começaram a escorrer dos olhos de Erick.

- Sinto muito comandante – disse caindo ao chão.

Chang deu uma ultima olhada para Erick. Nada mais podia ser feito.

Entraram na casa. Max checou sua munição. Olhou pela janela. Quatro mercenários marchavam na direção da casa. - Essa casa tem uma saída pelos fundos. Quando eu contar até três você corre e entre em contato com a corporação.

- Acha mesmo que vou sair daqui sem você cara? – perguntou Chang checando também sua munição.

- Isso é uma ordem capitão. Já perdi Erick – retrucou Max virando se para Chang – Não perderei outro agente. No três.

Chang ia retrucar, mas um tiro vindo do lado de fora o fizera mudar de idéia.

La fora um dos rebeldes conseguira acertar um mercenário, mas fora baleado pelos três mercenários. Os rebeldes estavam sendo aniquilados.

- Ok. Agora são três. – conferiu Max olhando rapidamente pela janela. Estão se aproximando. Prepare-se para correr no três.

Esperou cerca de dez segundos. Deu um tiro pela janela e gritou

- TRÊS!

Chang se jogou em direção a porta. Abriu-a com um tiro na maçaneta.

Nesse momento os mercenários já estavam pertos o suficiente para ouvir a voz de Max.

- É o seguinte. Aqui é fala o comandante Max Phoenix Simon. Eu vou sair por essa porta com as mãos para cima. Podem abaixar suas armas. Repito sairei sem armas. Não represento perigo para vocês.

Os mercenários se entreolharam. Um deles se comunicou com Salazar pelo radio.

- Ele vem junto- disse por fim. - Os planos mudaram.

- Muito Bem Senhor Comandante. - gritou outro mercenário – Jogue suas armas pela janela e saia com as mãos para cima.

Max ainda demorou algum tempo para sair. Provavelmente para dar mais tempo a Chang.

2 comentários:

InsaneWrath disse...

muito lgl vc...
na melhor parte acaba a cena
FFFFFFUUUUUUUUUUUUUUUUU

Raio Vermelho disse...

huahuauhauha
segunda feira sai um novo capitulo