Capitulo V
De volta à tenda central, Sarah permanecia sentada. Seus olhos estavam cheios de lagrimas.
Chang fez um sinal com as mãos, indicando o fim de sua narrativa.
- Não pode... – tentou dizer, meio atrapalhada- Oque você me disse não pode ser verdade Chang.
Colocou a mão sobre o rosto, Chang permanecia normal, pelo menos por fora.
Precisava ser forte. “Sarah precisa de força agora” pensava.
- e o corpo dele? – perguntou enxugando os olhos.
- Permaneceu lá Sarah. – respondeu Chang de forma amarga. - Há três dias fizemos um funeral simbólico para ele e todos que morreram naquele dia.
- e Max?
Pela primeira vez, a expressão de Chang mudou, um misto de triunfo e animação começara a aparecer em seu rosto.
- Estamos esperando um carregamento do Rancheiro – respondeu Drake depois de olhar para fora da tenda. – Devem chegar dentro de uma hora.
Lugh se levantou curioso.
- Armas? – perguntou olhando para Chang.
- Armas pesadas. – confirmou Drake.
Drake se referia aos trajes Imperor.
Chang entrou na conversa.
- Sarah olhe isso. – disse abrindo um mapa na mesa de centro.
Apontou com o indicador para um trecho no meio do mapa.
- Nessa região. – começou – encontra-se o forte de Salazar. E nessa – deslizou o dedo alguns centímetros para o sul. – É para onde os reféns serão levados amanhã. Salazar pretende fazer um acordo com o pessoal da GCP por volta das quatro da tarde.
- O plano é simples. – continuou Drake – Invadiremos o forte antes que eles possam sair. Simples rápido e pratico.
- Por via das duvidas- acrescentou Chang – mandaremos uma equipe para o ponto de encontro.
- Você fala em invadir um forte como se dissesse que vai até o mercado comprar pão – observou Hank repentinamente.
Drake olhou para ele.
- Você é o rapaz que lança raios é isso?
Dirigiu-se até Hank e Hans que estava parado próximo a Hank.
- Basicamente – respondeu o garoto. – E esse é o Teleportador.
Drake analisou por um tempo o garoto fantasiado e o alemão.
Virou-se de volta para Chang. O brilho estranho no olhar voltara a aparecer.
- Chang, seus amigos sem duvida farão parte do plano.
- Obviamente – respondeu Sarah prontamente – Afinal fomos mandados aqui para isso.
- Ótimo – prosseguiu Drake – então fica assim, O capitão Chang, e os outros três agentes farão a missão de resgate no forte.
Chang confirmou com a cabeça. Conhecia as capacidades táticas de Drake.
- Você! Garoto – disse apontando o dedo para Hank – fará parte da missão de vigia com minha equipe.
- Ótimo- consentiu Hank, que já se levantara de um salto e rapidamente pegou sua bolsa. No instante seguinte estava de pé e preparado.
- Acredito que você seja capaz de pensar em um jeito de entrar no forte Capitão. – Disse Drake de forma elegante, Chang tomaria aquilo como elogio se não soubesse que Drake não é muito disso. – Venha comigo garoto, vou te apresentar ao resto da equipe.
Saíram os dois da tenda. Por alguns minutos a sala mergulhou em um estado de silencio profundo, que só foi quebrado quando Chang se levantou e andou até o canto da tenda.
- abriu uma gaveta, pegou quatro rolos de papel grande.
Voltou à mesa e estendeu o primeiro.
- Este – proferiu de forma que todos ouvissem o que dizia. – É um mapa do Forte. Observem que possui vários subniveis. Max esta preso aqui no quarto nível. Como podem ver. Será impossível entrarmos sem chamar muita atenção.
O Forte tinha seguranças espalhada por todo o perímetro.
Lugh dera um suspiro de decepção
- O único jeito de entrar ai é pelo ar ou...
Olharam para Hans, esse retribuiu com um olhar assustado. Mas logo entendeu a idéia.
- Já sei, já sei... Teletransporte...
...
Do lado de fora da Tenda, Drake e Hank andavam em direção ao Hangar móvel.
Passaram por alguns mercenarios em guarda. Drake perguntou alguma coisa a eles em um idioma que Hank não conhecia. Um deles apenas confirmou com a cabeça. Andaram mais dois minutos até chegarem ao hangar.
O hangar era uma construção pequena. Dentro dele se via alguns carros, motos e mais ao canto um arsenal de armas.
Mas nada parecia chamar a atenção de Drake que andou em direção a cinco caixas de metal grandes enfileiradas ao fundo.
Deu algumas volta ao redor de cada caixa.
Conferiu as etiquetas na caixa pelo menos três vezes.
Nesse momento três homens entraram no Hangar.
Um japonês pequeno e magro com cabelos longos e uma trança no estilo samurai, um homem alto, de barbas e cabelos grandes e emaranhados e nariz longo e encurvado e dois homens morenos,bigodes ralos e traços latinos.
Era a equipe de mercenários do Paladino Negro.
- Senhores esse apresento-lhes o Agente Raio Vermelho
Hank pensou em dizer que não chegara a se tornar agente, mas não quis estragar o impacto da primeira impressão.
- Esse Jovem – continuou Drake – possui o poder de gerar correntes elétricas pelo oque foi me dito na tenda.
- Impressionante – admitiu Nori meio incrédulo – poderia nos dar uma amostra senhor?
Hank pensou por um segundo.
Virou-se para um carro parado perto deles. Estendeu as duas mãos em direção ao carro. Segundos depois, correntes elétricas se moviam pelo corpo de Hank. Após se concentrar um pouco jogou um pulso eletromagnético no carro, fazendo-o ligar a ignição para espanto de Nori que observava de queixo caído.
- Espero que isso sirva de prova para você senhor Nori – ironizou Drake asperamente.
Nori apenas confirmou com a cabeça perplexo.
- Muito bom. Senhor Murdock. Essa é a minha equipe de mercenários- apontou para os quatro homens de origens tão diferentes.
- O japonês cético é Nori Yassamoto, o segundo em comando da equipe.
Nori fez um aceno educado para Hank que retribuiu com uma pequena continência.
- Juan Valdez. O mercenário cubano do qual o senhor ouviu falar pela historia de Chang. Carlos Castro. Nosso engenheiro responsável por todos os ajustes nos trajes. E por fim porem não menos importante. Mohamed Yaffa, nosso medico de plantão.
Os quatro apertaram a mão de Hank apressadamente.
- Senhores. Como sabem o rancheiro enviou nosso carregamento especial – Disse dando um tapinha em uma das caixas de metal. – Os Trajes de combate serie Imperor 350, a maior obra prima do setor militar do Ocidente. Carlos pode nos dar a honra?
- Só se for agora – respondeu o boliviano ansioso, tirando do bolso um tipo de controle remoto.
Apertou um botão e no instante seguinte as portas se abriram.
Ficaram diante dos trajes robóticos recém construídos.
Carlos ainda balbuciou alguma coisa que nem ele mesmo entendera.
- Senhores. Vocês foram escolhidos para a equipe de mercenários do futuro. A M-TEC, os trajes possuem sistema de propulsão localizados nos pés e nas costas como podem ver no que eu estou usando agora.
Virou de costas para que vissem o sistema. Quatro pequenos jatos saíram das costas e da panturrilha do traje de Drake.
- Possuem também – continuou – sistemas de comunicação interna, resistência a balas como eu mesmo já pude constatar. E um detalhe novo que Carlos adicionou. Sigam-me.
Saíram do hangar e pararam em frente aos carros que foram usados para trazer Sarah e os outros para o forte.
Parou em frente a eles.
Com apenas uma mão conseguiu ligar os três carros.
Hank estava perplexo. Ele mal conseguia ligar um sem que o destruísse e Drake com apenas um movimento ligou os três.
Passado alguns segundos, com o mesmo movimento de mão Drake desligou os carros virando-se para os quatro.
- Pulso eletromagnético – explicou – Claro que para o senhor Murdock não será nenhuma novidade.
- Pelo contrario – gaguejou Hank ainda atônito – Meus poderes elétricos são mais levados para o lado destrutivo, campos eletromagnéticos ou de forças requerem um esforço maior de minha parte.
- Mesmo? – espantou-se Drake – Bom enquanto estiver usando o traje não precisara se preocupar com isso. Inclusive acredito que a força de seus poderes somados com as do traje duplicaram a potencia dos raios, vamos voltar para o Hangar. Preciso ensinar a alguns aqui alguns comandos básicos.
...
Chang andava de um lado a outro da tenda estalando os dedos.
Procurava encontrar um modo de entrar no forte de forma rápida e segura. Talvez só de uma forma rápida.
- Qual é o Maximo que você pode saltar Hans?
Tentava não deixar passar nenhum detalhe, qualquer falha poderia significar o fim de tudo.
Hans refletiu um pouco.
- Algo por volta de dois quilômetros. Nunca consegui ultrapassar esse limite.
- Pode transportar alguém com você?
- Infelizmente não, as partículas podem se misturar quando passarem pela sexta dimensão.
Sarah de repente deu um salto. Lembrou-se da conversar que teve com o Dr. Kosvodin.
- Uma vez dentro do forte. Poderemos triangular a localização de Hans e nos teletransportarmos para junto dele.
- Isso leva tempo. – constatou Chang laconicamente.
- Não para mim. – asseverou Hans - Quando saio da hexadimensão deixo uma espécie de rastro molecular. Que podem ser rastreados pelos aparelhos do Dr. Matsu
A expressão de Chang começara a mudar.
- Então, assim que você entrar no Forte, poderemos nos entrar quase ao mesmo tempo com reforços. – confirmou Lugh. – E como faremos para você entrar sem ser visto?
Chang parou de andar.
- Nada que uma pequena distração não resolva - Um sorriso macabro surgiu em seu rosto.
...
No hangar, todos já estavam dentro dos trajes, Drake em seu traje cinza com detalhes em verde, Carlos em um azul metálico com detalhes em preto, Hank em um preto com detalhes amarelo escuro, Juan em um Prateado e Mohamed em um traje Branco com detalhes também em preto.
Ali estava à equipe de mercenários rebeldes formada por Drake Hammond, O Paladino Negro.
- Poderia me acostumar com isso – brincou Hank – Será que encontro um desses na loja de jogos perto de casa?
- Aproveite enquanto pode brincar senhor Murdock – Advertiu Drake – Porque quando sairmos em direção ao ponto de encontro é pra valer. E respondendo sua pergunta, esse traje foi resultado de uma missão muito bem planejada pelo Rancheiro.
- Fomos informados de uma nova arma que vinha sendo produzida pelo exército Americano, - contou Nori – A pedido do Rancheiro, fomos ver do que se tratava. Formamos um grupo de cinco homens e partimos para a terra do tio Sam.
- Foi sem duvida a missão mais difícil que fiz – lembrou Drake. – Perdi três dos meus melhores homens naquela base.
- Com sorte conseguimos roubar os planos e destruir o protótipo e sair vivos. – concluiu o japonês.
- Uma vez dentro do rancho. A equipe de engenheiros de Carlos Castro conseguiu reproduzir uma copia exata do protótipo.
- Coincidência. Acreditem ou não meus poderes também foram conseguidos quase da mesma forma.
- Roubados? – perguntou Mohamed ironicamente
- Exatamente, não sou um mercenário como vocês, mas já fui pago para fazer certas coisas das quais não me orgulho muito
- Nenhum de nós se orgulha filho – disse Drake filosoficamente.
- Enfim – prosseguiu Hank – Uma vez que a noticia se espalhara pela cidade, começou a chover propostas.
Até que certo dia...
...
Um homem esperava à porta de uma casa simples de um bairro da periferia.
Vestia um terno azul, e trazia uma maleta nas mãos. Na maleta via-se um pequeno logo, um raio envolto sob o símbolo da letra grega ômega.
Bateu na porta.
Menos de um minuto depois bateu de novo, lá dentro ouviu-se alguns passos, a porta.
- Já vai, Já vai – resmungou, abrindo a porta.
Um jovem de cabelos castanho e cara de quem acabara de acordar saiu à porta. Já passava das duas da tarde.
Levou um tempo para realmente acordar e perguntar
- Pois não?
- Senhor Hank Murdock? – perguntou o homem sem perder tempo.
- Depende, do que se trata?
Hank era esperto, tinha contas para acertar com a máfia chinesa da cidade, era comum que eles mandassem representantes para uma conversa.
O homem hesitou, depois disse.
- Meu nome é Alex Stane, vim a mando da Corporação Ômega Bolt
Hank buscou o nome na memória, não encontrou nada.
- Nunca ouvi falar.
- E nem ouvira – respondeu o homem rispidamente – Temos um trabalho para você. Será bem remunerado.
- Quanto – perguntou Hank interessado.
- 8 milhões.
Hank sentiu o queixo cair. 8 milhões era mais dinheiro do que ele poderia sonhar em ter.
- 8 milhões? – repetiu Hank ainda incrédulo
- Exatamente, e é um trabalho muito simples senhor Murdock. Há uma semana uma formula foi roubada do centro de pesquisa da corporação. Tudo que tem que fazer é encontrá-la e nos trazer de volta. – Alex pegou um cartão dentro do bolso do paletó.- Aqui esta um cartão.
-Ligue nos assim que tiver uma resposta – disse virando as costas.
- Já tenho – adiantou-se Hank. – Aceito.
-Aqui esta 50% do seu pagamento- entregando a maleta para Hank.
- Já da pra acertar minha divida com aqueles chineses malditos.
O homem sorriu, acenou com a cabeça e partiu.
Nas três semanas que se seguiram Hank investigou por toda cidade. Interrogou cada gangster, cada máfia e nada encontrou,
Estava sentado no balcão de um bar escondido no subterrâneo de uma farmácia quando ouviu dois homens conversando sobre uma suposta formula milagrosa que haviam conseguido.
Apurou seus ouvidos para ouvir melhor a conversar.
Pelo oque pode ouvir alguns contrabandistas roubaram a tal formula para depois vender no exterior.
Aquilo chamou a atenção de Hank, era a única pista que tinha, não custava nada seguir.
Seguiu os dois homens pela cidade, porem se tinha algo que Hank não sabia ser era discreto.
Por duas vezes quase foi descoberto ao esbarrar em uma lata de lixo.
Finalmente chegou a um lugar que não o agradava muito. Uma instalação do exercito desativada na década de 80, Hank já estivera ali uma vez em uma das cobranças dos gangsters chineses.
Deixou as lembranças de lado e se concentrou na missão. Teria que tentar entrar ali. Deu a volta e entrou pelo duto de ventilação.
Com calma, arrastou-se pelo sistema de ventilação até uma sala que acreditava estar vazia. Com cuidado desceu do duto, evitando fazer qualquer barulho.
Pronto, já estava dentro, agora faltava descobrir quem era aquela gente e onde estava a tal formula.
Vagou pelos corredores, por cerca de vinte minutos sem nada encontrar.
Lembrou que perto dali tinha uma escada que levava para o porão. Seguiu para lá. Quase foi visto por um homem que fazia a guarda por ali, precisou subir na parede e se apoiar no teto do corredor para não ser visto, esperou o homem passar no corredor, desceu e seguiu viajem.
Chegou na escada, com ajuda dos óculos de visão noturna que comprara três dias antes, constatou a presença de um outro homem parado ao pé da escada
Precisava tirá-lo de lá. Só não sabia como.
Pensou em jogar uma pedra na cabeça do homem e sair correndo, mas a idéia foi descartava rapidamente por não ter nenhuma pedra por perto.
“Devia ter imaginado” pensou contrariado.
Optou por levar o homem para um lado enquanto ele corria para outro.
Tirou uma bala do cartucho da pistola que trouxe por precaução e jogou o mais longe que conseguiu, a bala acertou em um barril ali perto.
O homem se dirigiu à direção do barulho, nesse momento Hank precipitou-se na direção oposta, só parou quando cruzou outro corredor.
Andou por mais alguns metros do corredor escuro, até deparar-se com uma sala aberta. Dois homens conversavam lá dentro. Penetrou na sala sorrateiramente e se escondeu em um canto escuro da sala.
Falavam em inglês, um deles disse para preparar a formula para ser transportada.
Hank reparou em um pequeno tubo de ensaio e uma seringa encostado em uma mesa entre os dois homens.
Sem dizer mais nada o primeiro homem saiu da sala.
Devagar Hank tirou a pistola agora com uma bala a menos do bolso. Mirou e atirou na cabeça do homem que caiu no chão rapidamente.
Só podia ser essa a formula, abaixou a arma e com cuidado pegou a ampola e a seringa com a outra mão. Estava quase saindo quando o outro homem entrou de volta na sala.
O homem gritou alguma coisa, antes que Hank pudesse derrubá-lo com um chute e correr pela porta.
Hank achou que fora rápido, logo viu que estava errado. O grito fora o suficiente para alertar a segurança.
Ficou óbvio para Hank que não conseguiria sair dali, não com vida.
Precisava encontrar um modo, um jeito de salvar a formula.
“A formula!” pensou extasiado. Oque será que faz? Continuou pensando enquanto corria pelos corredores. Para valer tanto...
Olhou para a seringa. Resolveu arriscar, oque tinha a perder? Se não morresse com o soro seria morto pelos contrabandistas.
Colocou a arma na cintura e rapidamente colocou o conteúdo do tubo na seringa e injetou no braço.
Bem a tempo, quando virou outro corredor deu de cara com cinco homens armados correndo em sua direção.
Parou subitamente. Não tivera tempo de pensar em mais nada, a formula estava fazendo efeito. Caiu de joelhos no chão.
Sentiu pelo corpo um formigamento que foi se aumentando até se tornar uma dor insuportável.
- Pare ai mesmo – ordenou um dos homens.
Outros quatro apareceram da direção que Hank chegara.
Por um momento a energia caiu, deixando todos no escuro, no momento seguinte a luz voltou com tanta intensidade que obrigou os homens a tapar o rosto com os braços. Até que explodiram.
Alguém ascendeu uma lanterna. Mirou-a para Hank que permanecia de joelhos ali.
- Olhem os olhos dele – gritou um homem apontando desesperadamente para Hank.
As pupilas de Hank tinham desaparecido. Seus olhos estavam brancos.
Correntes elétricas começaram a passar por todo seu corpo. Um pequeno campo se formou em volta de Hank, que levantou-se com esforço, os homens assustados começaram a atirar, os tiros eram barrados pelo campo de força que não mais que de repente se expandiu explodindo tudo a sua volta. Jogando Hank para fora da instalação inconsciente.
Depois disso Hank só se lembra de acordar no meio dos destroços com alguns ossos quebrados. “pelo menos estou vivo” pensou aliviado. Daquele dia em diante Hank Murdock tinha poderes e consciência disso. O único problema era: oque iria fazer agora que a formula da corporação estava injetada em seu corpo?
“melhor evitá-los o quanto posso” pensou precavido.
Mudou de endereço e passou a usar um uniforme toda vez que fosse chamado para alguma missão. Ficou conhecido como Raio Vermelho o super herói pago.
No fundo Hank sabia que não era um super herói. Mas resolveu deixar acharem que era.
Quando foi chamado para fazer o treinamento para agentes da Corporação Nexus resolveu que ficaria lá apenas como agente. Deixaria sua vida de herói de aluguel.
E agora estava ali, junto a cinco caras que vivem a vida que ele viveu, claro de um modo muito mais drástico. De uma forma estranha, Hank se sentia muito a vontade perto daqueles caras.
...
O comunicador de Drake piscou. Drake ativou-o, a voz de Chang foi ouvida saindo do comunicador.
- Drake pode vir até a tenda? Peça a Hank que venha também.
- Certo. Drake desligando.
- Pelo menos não mandaram Hans se teletransportar pra cá. – comentou Hank – acreditem, é bizarro.
- Juan, providencie tudo para nossa partida. Quando voltar direi exatamente oque deverão fazer.
- Espero que você tenha um plano – disse Hank distraidamente.
- Sempre tenho meu jovem, sempre tenho. – respondeu Drake. – Agora vamos,
Voltaram para a tenda, Hank ainda andava meio desengonçado com o traje.
- Em pouco tempo você se acostuma – tranqüilizou Drake rindo da dificuldade de Hank.
Entraram na tenda. Os agentes estavam esperando.
- Que bom que chegou Drake. Montamos uma estratégia para entrar no forte. Com ajuda do agente Hans Kürl nos teleportaremos para dentro do forte, uma equipe de ação nos Dara cobertura enquanto procuramos Max e os outros.
- Parece bom.
- Vamos torcer para que seja mesmo, encontrando os reféns vamos levá-los para a corporação e voltar para te dar cobertura.
- Duvido que seja necessário.
- Por via das duvidas Hans concordou em se teletransportar para lá verificar se estará tudo certo mesmo.
- Tudo bem- concordou Drake. – Ele poderá ser útil.
Hans levantou a sobrancelha desconfiado. Oque ele queria dizer com “útil”?
Levantou-se energicamente
- Se vamos agir teremos que ser rápidos, o tempo esta passando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário