Sarah e Lugh voltaram para a corporação. Lá solicitariam uma equipe tática e esperariam o sinal de Hans.
- Informe ao coronel Pontes que a N-44 voltou. – ordenou Sarah a um agente ao voltar para a sala da corporação.
Dez minutos depois o coronel Samuel Pontes entrou na sala de teletransporte.
- Comandante Jones. Oque houve? – apressou-se a perguntar o coronel.
- Infelizmente não temos muito tempo para explicações coronel, por hora entenda que encontramos Max e Chang. Max foi feito refém e Chang procurava uma forma de resgatá-lo sem poder entrar em contato direto com a corporação. Só conseguimos localizá-lo graças às melhorias feitas pelo Dr. Kosvodin.
- Coronel. Solicitamos com urgência uma equipe tática para nos dar cobertura no resgate do Comandante Max – adiantou-se Lugh.
O diretor assimilou todas as informações com uma velocidade impressionante. Mas não conseguia esconder o espanto em seu rosto.
- Permissão concedida Agente. O comandante das operações táticas e sua equipe acompanharam vocês. E o senhor Murdock?
- Esta fazendo parte da equipe de espionagem do Paladino Negro
- Paladino Negro?
- Um mercenário equipado com um traje mecânico militar. Ficaram postados em outro ponto do deserto onde fariam o acordo dos reféns.
- Compreendo.
- Senhor. Precisamos agir o quanto antes.
- Venham comigo – Pediu o Diretor.
Saíram em direção à sala do diretor
- Muito bem Capitão, pode me dizer qual é seu plano ou vou ter que ficar aqui parado. – resmungou Hans que na ultima hora ficara observando Chang andar para lá e para cá com alguns explosivos.
- Estou preparando nossa distração, só isso – respondeu distraidamente – Se quiser me ajudar pegue aqueles dois pacotes ali na mesa.
Hans saiu resmungando pegou os explosivos e jogou do lado de Chang.
Nesse momento um carro entrou no hangar e parou perto dos dois agentes.
Acendeu o farol para manifestar sua chegada.
- Achei que não chegaria hoje. – chiou Chang.
Quando se tratava de explosivos, Chang se mostrava extremamente frio.
-Hans, pode me ajudar a prender esses explosivos no lado do carona? – pediu o agente sem parar um segundo sequer.
- Em qualquer lugar?
- Ai é você que sabe afinal quem vai dirigir é você mesmo.
Hans empalideceu.
Chang parou. Olhou para Hans com frieza.
- O que? Você disse que estaria disponível.
- Disse – balbuciou - mas não que me enfiaria num carro kamikaze.
- Relaxe Agente – disse Chang finalmente abrindo um sorriso – parece que esquece que pode se teletransportar?
Hans sentiu-se meio bobo. Como não pensou nisso.
- Como vê – continuou o chinês - acha que colocaria a vida de alguém em perigo desnecessariamente?
- Você esta começando a pensar como um comandante Chang.
Chang olhou para o alemão. Aquilo era um elogio.
- vamos logo, me passe esses explosivos.
Instalaram os explosivos dentro e fora do carro. Quando terminaram Chang olhou satisfeito.
- Perfeito
- Capitão.
Drake Hammond apareceu no hangar já estava com o capacete.
- Estamos de partida.
- Ótimo também estamos.
- E esse carro-bomba ai?
- Precisávamos de uma distração – respondeu Chang sorrindo – O agente Hans, concordou em explodi-lo no muro do forte.
- Quanta coragem – zombou Drake ao perceber ao perceber a cara sínica de Hans.
- Coragem é meu segundo nome – ironizou Hans.
- Vamos logo Hans – apressou Chang entrando no carro-bomba.
- Você pretende mesmo ir nesse carro?
- Não seja criança Kürl. Entre logo. Paladino, já podem partir.
- Boa sorte amigo. – desejou Drake ao capitão.
- Boa sorte. – respondeu Chang estendendo a mão para Drake que a apertou sem hesitar.
Saiu pela porta deixando os dois agentes ali.
Dez minutos depois saíram dirigindo o carro-bomba em direção ao deserto de Uganda.
Outros quatro carros seguiram os dois.
Os mercenários partiram logo em seguida voando com auxilio dos propulsores dos Trajes robóticos fazendo escolta para os carros que seguiam no terreno abaixo.
Pararam a uns dois quilômetros do forte, em um ponto aonde não poderiam ser localizados. Dali Drake e sua equipe seguiram para o outro ponto tático.
- Hans. A partir daqui é com você.
Estaremos esperando do outro lado Melhor dizendo, lá dentro – concluiu -. Um carro lhe dará cobertura.
Hans acenou com a cabeça, a expressão brincalhona sumira, ali estava um verdadeiro agente em campo.
- Contate a corporação – lembrou Hans – Verifique se estão pronto.
- Farei isso – respondeu – aguarde minha resposta.
Entrou em um carro e seguiu para o lado leste do forte.
...
Na sala de teletransporte o Dr. Kosvodin conversava com o Dr. Matsu sobre o localizador de partículas hexadimensionais. Dr. Matsu explicou que depois de analisar as mudanças no espaço deixadas pela passagem de Hans de um ponto ao outro. Presumiu que essas marcas também ficavam na sexta dimensão que nada mais era do que a distorção do espaço físico bidimensional.
Sarah Lugh e Jacob Danovor, comandante da força tática da corporação conhecido como Homem de lata devido sua frieza durante as missões e alguns de seus agentes. Sete no total. Outros sete entrariam no segundo seguinte.
A plataforma tem espaço para dez homens. O comunicador de Sarah deu sinal.
Puxou-o rapidamente do cinto. Era Chang.
- Estão prontos? – perguntou o capitão.
- Estamos. – respondeu Sarah prontamente.
- Contatarei Hans. Ao primeiro sinal do localizador teleporte-se.
- Entendido. Sarah desligando.
Voltou o comunicador para o cinto.
-Dr. Matsu o localizador de partículas esta ligado?
- ligado e pronto – confirmou o japonês com um sorriso.
- Ótimo. Dr. Kosvodin. Ao meu sinal nos teletransporte.
O Doutor limitou-se a acenar com a cabeça.
- Boa sorte senhores – ouviu-se uma voz grossa perto da porta. Era o diretor.
Os agentes bateram continência.
Os minutos se arrastavam.
...
Drake e sua equipe chegaram ao local indicado. Era uma região montanhosa, no solo a savana se estendia para alem do campo de visão. Esconderam-se atrás de algumas pedras.
Não precisaram esperar muito, em pouco tempo um caminhão aproximou-se e parou na savana.
- São eles. – anunciou Drake – Vamos esperar para ver oque se acontecera.
Pouco tempo depois. Outro carro chegou, parou perto do outro carro.
Um homem desceu do carro que acabara de chegar junto a outros quatro carros. Era Salazar.
Drake sentiu o sangue ferver em seu rosto. Chegou a hora de Salazar pagar por sua traição. Mas se Salazar estava ali, quem estava protegendo o forte?
Uma sensação passou pelo corpo de Drake.
...
A luz vermelha no comunicador de Hans acendeu.
- Tudo pronto – confirmou a voz de Chang do outro lado – O localizador esta ativado.
Hans entrou no carro. Os outros homens entraram no carro ao lado.
- Fiquem a uma distancia segura. – aconselhou – a quantidade de explosivos que tem aqui é suficiente para levar o forte inteiro pelos ares.
O motorista fez um sinal de positivo.
Entraram no carro.
Hans deu partida no carro e seguiu em direção ao forte. Calculou a hora e distancia exata do salto e acelerou o carro cada vez mais.
O muro do forte começou a se aproximar, Hans sentiu uma gota de suor lhe escorrer na testa.
Na guarita do muro um vigia notou a aproximação de Hans. Soou um alarme e correu para uma metralhadora automática instalada na janela. No segundo seguinte estava atirando na direção que vinha aquele carro estranho.
Hans ao perceber os tiros jogou o carro para a direita para evitar os tiros.
Outros mercenários apareceram sobre o portão atirando na direção do carro
- Droga – praguejou Hans iniciando uma manobra de ziguezague. – Quase lá.
Um tiro atingiu o vidro do carro obrigando Hans a se abaixar. “Essa foi por pouco.” Pensou assustado
Faltavam menos de cinco metros. Os tiros começaram a acertar o carro. Hans olhou o retrovisor, o carro que vinha atrás estava a uma distancia boa, não seriam atingidos.
Fechou os olhos e saltou.
O carro bateu no muro a explosão foi gigantesca.
...
Na sala de teletransporte, o painel do localizador emitiu um barulho. O monitor mostrou algumas coordenadas.
- Localizei ele – gritou o Dr. Matsu. No instante seguinte o Dr. Kosvodin teleportou Sarah e os outros para as coordenadas mostradas no monitor.
Em seguida os outros sete agentes entraram na plataforma.
...
Hans mal saiu da sexta dimensão percebeu uma mudança no ar, era a fenda aberta no espaço pelas barreiras da sexta dimensão.
Uma rápida olhada pelo lugar fez Hans sacar sua arma, estava dentro do forte.
Os mercenários levariam pouco tempo para perceber sua presença. Percebeu também que não estava mais sozinho. Os agentes acabaram de chegar.
- Onde esta Chang? – perguntou Sarah carregando a arma, os agentes seguiram o exemplo.
- Chegando, Nos dará cobertura daqui a pouco. – explicou Hans – Vamos, não podemos perder tempo.
O carro que vinha atrás de Hans se aproximou. Cinco mercenários saíram de dentro atirando no primeiro mercenário que aparecesse pela frente.
Os agentes saíram correndo em direção ao portão que dava entrada ao interior do forte.
O comandante Jabob e sua equipe ficaram na retaguarda para dar cobertura.
- Hans precisamos do capitão Chang, só ele sabe aonde se encontra Max.
Hans levou a mão ao comunicador, mas não foi necessário. Um carro invadiu a cena, o carro já mostrava algumas marcas de bala na lataria. Começou seguiu na direção do portão. Os agentes saíram da rota do veiculo desgovernado.
De repente a porta do carro se abriu e um homem se jogou do carro. Rolou alguns metros até conseguir parar. Era Chang.
- Oque você tem contra carros? – perguntou Hans olhando para a o carro que segundos depois se chocou com o portão, derrubando o portão e levando alguns mercenários junto.
- Rápido não temos muito tempo. – gritou correndo em direção aos escombros com a mão direita segurando o braço esquerdo machucado na queda.
O cenário era de caos total. Tiros saindo de todos os lados, pessoas caídas em todo lugar, precisariam ser rápidos se quisessem sair vivos dali.
Hans se teleportou para perto do carro, atirou em dois homens que saiam do forte e fez um movimento com a mão que os outros o seguissem.
Entraram no forte, agora faltava encontrar Max.
...
A missão de Drake parecia concluída, por quase uma hora Salazar conversou com os homens que bem vestidos que se encontravam a sua frente.
Salazar finalmente apertou a mão do homem e seguiu em direção ao carro.
Quando o homem deu as costas um homem que estivera ao lado de Salazar durante todo o dialogo sacou a arma e disparou na cabeça do negociante que caiu ao chão.
Os outros dois homens se encarregaram de eliminar os outros homens, Salazar parecia não dar atenção, seguiu calmamente em direção ao carro
Antes de entrar disse alguma coisa aos homens, que andaram até o porta malas do carro tirou um galão de gasolina e jogou sobre o carro e os corpos ali deixados. Fizeram um rastro até o carro que se encontravam. Entraram de volta no carro e seguiram de volta para casa depois de atear fogo sobre o rastro de gasolina, que foi queimando até chegar ao carro e explodir.
- Vamos – ordenou Drake levantando-se e voando em direção ao carro de Salazar – Ele não me escapara. Vamos cercá-lo
- Vamos – ordenou Drake levantando-se e voando em direção ao carro de Salazar – Ele não me escapara. Vamos cercá-lo
Ativaram os propulsores.
- Hank pode pará-lo?
- Ta brincando? – respondeu Hank estendendo a mão e lançando uma rajada elétrica sobre o carro que parou de Salazar.
Fizeram uma manobra evasiva para desviar dos tiros disparados pelos guarda costas de Salazar.
Drake voou a frente do carro de Salazar com os punhos para baixo, desceu com força sobre o capô fazendo o carro rodopiar no ar e cair de cabeça para baixo.
- Salazar Russel seu cretino traidor – gritou Drake. – Saia logo desse carro – ordenou.
Uma mão ensangüentada saiu do carro, tateou algo para se apoiar, com muito esforço Salazar se retirou do carro capotado.
Os M-TEC’s voavam freneticamente sob os outros três carros evasivamente. Ação tática proposta pelo Paladino. Depois de algum tempo desceram, era o tempo que os mercenários tinham para recarregar as armas.
Carlos atrás de dois mercenários que colocavam as balas apressadamente nas metralhadoras. Só tiveram tempo de olhar para trás e ver Carlos com uma semi-automática apontada para a barriga de cada um.
Hank caiu desajeitadamente batendo com força o joelho no chão. Achando que poderiam aproveitar a situação três mercenários se aproximaram. Só não contavam com o campo de força eletromagnético que Hank gerara ao seu redor.
Quando o primeiro desavisado encostou foi arremessado longe pelas correntes elétricas. Os outros dois tomaram uma distancia que ficariam seguros contra Hank, mas não contra Juan que vinha logo atrás ajudar Hank.
Os mercenários não tinham muita chance contra a equipe dos M-TEC. E isso ficou óbvio quando apenas Salazar se encontrava com vida.
- Terminamos por aqui chefe – Informou Nori com frieza.
- Ótimo, sigam com o plano – ordenou Drake para que Salazar não desconfiasse. – Preciso levar uma palavrinha com meu velho amigo aqui.
Salazar já se recuperou do choque. Estava de pé, embora um pouco tonto e ensangüentado, mas já voltara a si.
Os quatro ativaram os propulsores e seguiram em direção ao forte.
- Agora somos apenas eu e você Salazar. Tem certas coisas que preciso perguntar a você.
- Não me vejo em posição de negar nada Hammond. – respondeu asperamente – mas também não garanto que vá lhe responder ou dar todas as respostas que quer.
Salazar estava desarmado e seriamente ferido. Pedaços de vidros entraram em seus braços e pernas. Infelizmente Drake não parecia ligar muito para isso.
- Há quanto tempo trabalha para os homens que conversavam há poucos minutos? Não me venha falar que são da GCP
- São terroristas – respondeu Salazar. – Sei que não tem muito contato com esse povo, porem a pouco tempo algumas facções se aliaram para formar uma única organização conhecida por: A Mão.
Drake nada disse. Apenas observou.
- Deve estar se perguntando qual a relação com os rebeldes, pois eu te respondo. Pensar nunca foi seu ponto forte mesmo. Os terroristas pretendiam fazer um acordo comigo. Trocariam os reféns por coisas que não tem o menor valor para mim.
- E insatisfeito com o acordo você os matou? – perguntou Drake nada surpreso.
- Não me venha com brincadeiras Hammond, sabe como sou radical.
- Você sabia que essa união poderia lhe favorecer?
- Tinha um palpite. Mas ainda não sabia como, ai tive a idéia dos reféns. A líder dos rebeldes deveria valer alguma coisa.
- Então esse tempo todo eu estava atrás da pessoa errada. – murmurou Drake enraivecido.
Salazar deu uma gargalhada forte.
- Podre Hammond, se sentindo burro por não conseguir nem seguir uma pista direito isso prova que...
Foi interrompido com um tiro no ombro.
Soltou um grito de dor.
- Ah, a propósito, esse é pelo Agente Lambertt. – disse dando um tiro no estomago de Salazar.
-E esse – continuou levantando a arma na altura da cabeça – É por usar a mim e a minha equipe.
Contemplou por um tempo o corpo de Salazar caído ali no chão depois voou em direção ao forte
...
O forte olhando de dentro não parecia grande coisa. As paredes que eram grossas, mas não ofereciam grande dificuldade para serem quebradas. Os corredores pareciam não levar a lugar nenhum, no entanto Chang sabia exatamente onde procurar.
Na verdade tudo não passava de um palpite, mas era a única coisa que tinha para seguir em frente.
Correram na direção norte. A segurança era pesada. Por todo corredor que passassem tinha sempre dois ou três mercenários de guarda.
Por sorte contavam com um elemento surpresa, o teleportador Hans Kürl que sempre surpreendia o inimigo teleportando-se para suas costas. Quando percebiam sua presença já era tarde.
Continuaram seguindo até que chegaram a um saguão grande. Estava ocupado de norte a sul por mercenários.
Hans deu um salto dimensional para analisar a área.
- Esta completamente ocupado, tanto no térreo quanto nos dois andares de cima. Tem uma pequena passagem que acredito levar para um andar abaixo. – relatou.
Chang parecia confiante.
- É para lá que vamos
Hans engoliu um seco um pouco depois falou.
- Não será fácil – afirmou em tom preocupado.
- Eu sei- concordou Chang tirando o comunicador do cinto - Por isso pediremos reforços.
Estava torcendo para Drake estar livre caso contrario teria que improvisar.
Enquanto trocavam tiros com os mercenários Chang praticamente gritava ao comunicador.
- Drake, relate sua posição.
“Estamos a caminho, chegaremos em menos de cinco minutos “ respondeu a voz do outro lado.
- Ao chegar entre direto no forte. Precisamos de reforços.
“entendido” concluiu Drake desligando o comunicador.
Chang recarregou sua arma.
- Drake esta chegando – informou aliviado. – Hans. Espere-o na entrada.
Sem dizer nada Hans desapareceu.
Os três ficaram ali. Lugh reclamou alguma coisa sobre falta de munição.
- Meu ultimo cartucho. – resmungou.
Lugh era o único ali que usava uma arma de longo alcance. Com maior precisão porem demorava mais para recarregar.
Chang ainda encontrava dificuldade para atirar com o braço ferido.
Os minutos foram passando. Percebendo que os tiros cessaram, os mercenários avançaram em direção aos agentes.
Para a sorte desses nesse momento Hans surgiu à frente dos três.
- Abram espaço – gritou – Drake esta chegando.
Encostaram-se nas paredes do corredor, pouco depois Drake surgiu no fim do corredor voando rapidamente com os outros mercenários na cola.
Ao chegar perto do arco que dava acesso ao saguão lançou uma rajada elétrica que explodiu em contato com a escada à frente.
Voaram todos para o saguão. Tiros foram ouvidos de todos os lados novamente.
Do outro lado ouvia-se a voz de Drake sob o capacete.
-Chang, encontre Max, te darei cobertura.
Chang apressou-se para trocar outro cartucho e correu em direção ao saguão.
Hans estava lá, teleportava-se constantemente de um lado para outro atirando a cada salto.
Os quatro mercenários de Drake atiravam com tudo oque tinham enquanto Hank disparava raios certeiros no peito dos mercenários.
Ao passaram por trás deles Lugh gritou.
- Hank, sua arma! Passa pra mim.
Nem precisou esperar, passou pelas costas de Hank que rapidamente virou-se com a arma em mãos e jogou para Lugh.
- Hank, Juan dêem cobertura para os três, - ordenou Drake - Cuidaremos dessa área.
Hank que se encontrava alguns metros dos agentes pousou rapidamente – estava aprendendo a usar o traje – e correu em direção aos três. Juan dera um giro no ar e logo em seguida tomou a dianteira.
Desceram a escada rapidamente e prosseguiram a busca
- Para onde Chang? – perguntou Sarah ao chegarem a uma bifurcação.
Chang parou, vasculhou pela memória qual era a localização.
- Direita. – confirmou meio hesitante.
Desceram mais alguns lances até se depararem com uma grande porta de ferro.
Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, Hank levou a mão em direção a porta com uma puxada, arrancou a porta que parou a menos de um metro de distancia.
- Muito bom Hank – elogiou Lugh
- Max! – gritou Sarah.
Ninguém respondeu. Andaram alguns metros em direção a porta, de repente Chang se deteve.
- Esta fácil demais. – lembrou.
Juan vasculhou a área pelo monitor do capacete.
- Ninguém por perto – informou – mas tem uma pequena armadilha perto da entrada.
Apontou para um pequeno espaço dentro da sala.
- Uma mina com sensor de calor. Acredito que Hank possa desativá-la.
Hank deu de ombros. Com o traje podia fazer qualquer coisa.
- Não. – interveio Chang – muito arriscado. Deixem comigo.
Andou em direção ao explosivo.
Sarah costumava dizer que Chang podia falar com os explosivos. Reconhecia todo tipo de explosivo às vezes sem nem precisar olhar para ele.
- É russo – disse calmamente. – modelo antigo, possui um sistema de desarmamento embaixo.
Ameaçou desarmá-lo, mas deu conta do tempo que perderia.
- Ok Hank – resolveu levantando-se rispidamente – mande isso pelos ares.
Hank deu um passo à frente. Pensou um pouco.
- Protejam-se- aconselhou o herói.
Levou as duas mãos em direção ao explosivo. Os quatro recuaram para uma distancia segura.
Correntes começaram a passar pelo traje de Hank. As luzes se apagaram. Sinal de que Hank estava usando boa parte de seus poderes.
Após algum tempo, um circulo amarelo surgiu em volta do explosivo que ativou o sensor e detonou.
Sarah chegou a abaixar o corpo afim de evitar a explosão e ela não aconteceu. Pelo menos não da forma que ela esperava.
Ao olharem viram que o circulo amarelo que envolvia o detonador estava coberto de fumaça.
Hank conseguiu criar um campo de força eletromagnético para evitar a propagação da explosão.
O esforça foi demais para o rapaz. Com força tirou o capacete e jogou o contra o chão.
Seu nariz sangrava, sua testa estava suada e sua respiração ofegante.
- Con... – tentou dizer. - consegui?
Em seguida desmaiou devido á exaustão. Chang segurou o rapaz e o deitou no chão. Hank ainda não sabia manipular bem seus poderes, uma cúpula de proteção daquele tamanho era demais para seu corpo.
- Conseguiu garoto. – disse em tom tranquilizante – você conseguiu.
Juan aproximou-se de Chang. Parecia concentrado em ouvir alguma coisa.
- Oque foi? – perguntou Chang se levantando.
- Captei uma conversa naquela direção. – disse apontando para o buraco onde antes estivera a porta metálica.
- Consegue reproduzir?
Juan deu um comando de voz para o capacete. Segundos depois uma voz ecoara pela sala devastada.
- Apenas aguarde Aminah. Logo estarão aqui.
- É a voz de Max – exclamou Chang com emoção na voz. Pela primeira vez em semanas Chang se mostrava extremamente emocionado.
Sarah respirou aliviada. Se recompôs e andou em direção a porta.
Parou ao ver que Chang não a acompanhava.
- Você não vem? – Perguntou olhando para Chang de forma curiosa.
- claro que vou. É só que... – disse nervosamente – ainda não caiu a ficha.
-Depois de tudo oque você passou capitão. – reconheceu Juan de repente.
- Acho que vou precisar de férias – disse Chang sorrindo.
- Todos precisaremos. – concordou Sarah seguindo em direção á porta.
A sala que entraram na verdade era apenas uma ante-sala que dava acesso ao cativeiro.
Entraram rapidamente, derrubando com um chute de Juan a porta que caiu rápida e silenciosamente.
Max estava lá. Já esperava os agentes, pois se encontrava de pé ao lado de Aminha.
Estavam visivelmente acabados física e emocionalmente. Alem de Max e Aminah, havia também outros nove reféns que foram feitos reféns para os planos de Salazar.
- Estão todos bem? – perguntou Sarah em alto e bom tom.
- Estávamos nos perguntando por que tanta demora – respondeu o comandante amigavelmente. – Afinal fazem pelo menos uma hora desde que houve a primeira explosão lá fora
- Deu pra sentir daqui? – perguntou Chang orgulhoso. – Idéia minha e do agente Kürl.
Chang parou de repente. Nem Hans nem Drake entraram em contato. De repente foi tomado por uma sensação que não o agradava muito. Resolveu apressar o resgate para voltar e ajudar os dois.
- Max. Precisamos levá-lo de volta a corporação – apressou-se – ainda temos agentes em ação.
- E oque esta esperando capitão? – perguntou Max indignado.
Chang se limitou a dar um sorriso e pegar o comunicador.
Apertou algumas teclas e no momento seguinte. Max e os outros reféns desapareceram diante de seus olhos.
As coordenadas já haviam sido pré estabelecidas.
- Sarah pode ir com eles, cuidamos do resto por aqui.
A comandante apenas confirmou com a cabeça. Pegou o comunicador e segundos depois deixou a sala.
Chang, Lugh e Juan voltaram para a ante-sala e em seguida estavam na sala de acesso.
Hank continuava lá, inconsciente, ao passar por ele Chang pediu o transporte dele também.
Pronto. Agora faltava voltar para o saguão principal e finalizar tudo.
Já ia saindo pela porta quando Hans surgiu a sua frente. Estava com o braço sangrando. Provavelmente um tiro de raspão.
- Achei que não conseguiria achá-los – resmungou – Terminamos lá em cima. Drake esta vindo. Onde esta Max?
- A salvo. Encontre Drake. Peça para ele e seus homens saírem do forte.
O sorriso macabro voltara a se desenhar em seu rosto. – Tome. Tomei a liberdade de deixar um presentinho para eles aqui. – Entregou um detonador para Hans - Aguardo vocês no hangar em uma hora.
Hans fitou-o por alguns segundos. Depois entendeu e se foi.
- Juan vá com eles rápido – ordenou. Rapidamente Juan ativou os propulsores e saiu voando em direção a saída do forte.
- Presentinho? – questionou Lugh.
- Espalhei alguns explosivos pelo perímetro do forte enquanto Hans abria caminho. – Explicou – não temos tempo precisamos voltar a corporação antes que Drake ative o detonador se não quisermos virar minhocas.
Lugh refletiu sobra aquela analogia. Parecia que o comandante finalmente voltara a ser oque era antes. Ao menos aparentava. No fundo Chang jamais voltaria a ser o mesmo.
Nos últimos dias vivia só conseguia pensar em Erick e Max. Não esquecera a perda do amigo nem a prisão de seu comandante. Acionou o comunicador e logo depois estavam na sala de teletransporte da corporação.
A sala estava tomada por enfermeiros e paramédicos, fora os cientistas e agentes que sempre estavam ali.
Desceram da plataforma e se dirigiram ao Coronel Pontes que se encontrava dando ordens sem parar para qualquer um que entrasse em seu campo de visão.
- Capitão Wong. – Acenou ao ver Chang e Lugh se apresentando. – Achei que nunca mais o veria de novo. Sinto muito pelo Senhor Lambertt. Sarah já me informou de tudo.
- Foi uma perda terrível para todos nós general. – disse em tom lamentoso – Erick era como um irmão para mim.
- Entendo. E o agente Kürl?
- voltou em segurança para o forte com os mercenários. Alias peço permissão para teletransportá-los. Tenho motivos para acreditar que Drake conseguiu informações que poderão complementar nossa missao.
- Permissão concedida. – consentiu o general - Mas lembre-se o Sr. Hammond nunca esteva aqui.
- De fato general. – disse Chang saindo com o comunicador na mão.
...
Quarenta minutos depois Drake Hammond Hans Kürl e os quatro mercenários projetavam-se na plataforma de teletransporte.
Carlos Castro o engenheiro olhava em volta boquiaberto. Nunca vira tamanha evolução tecnológica em um só lugar.
Drake por outro lado foi na direção de Chang seguido por Juan, Nori e Mohamed.
- É um prazer recebê-lo na corporação Paladino.
- O prazer é meu capitão – corrigiu Drake. – Acho que agora é um adeus.
Chang parecia constrangido, sabia que dificilmente voltaria a ver Drake.
Nas ultimas três semanas passaram por muita coisa juntos. Derrubaram os soldados de Salazar. Roubaram um avião para chegar ao rancho e ergueram um forte rebelde no deserto do Sudão. Tudo isso em menos de um mês.
- Acho que sim. – disse por fim – passamos por muita coisa nessas três semanas. Imagine oque não faríamos com mais tempo.
Drake riu. Apertou a mão de Chang em sinal de despedida.
- Não sou muito bom com despedidas. – disse constrangido – Alias. Tenho uma informação que poderá lhes ser útil.
Contou a conversa que teve com Salazar.
- A Mão? – repetiu pensativo- Será que era essa o tal acordo?
- Muito provável.
Os dois pararam de falar. Um brilho passou pelos olhos de Chang.
- Pelo visto essa não será nossa ultima conversa Drake Hammond.
Drake entendeu oque Chang quis dizer.
- Sabe aonde me encontrar capitão – concluiu – Onde esta Aminah e os outros?
Chang apontou com o dedo para a ala medica paralela à sala de teletransporte.
Ao chegar lá Drake foi saudado por Hank que já tinha recuperado a consciência. Retribuiu a saudação e se moveu na direção do garoto.
- Fiquei sabendo que criou uma espécie de campo de força forte o suficiente para segurar uma explosão.
- Estava morrendo de medo de não conseguir. É muito mais do que as simples rajadas que estou acostumado a fazer se não fosse o traje a essa hora acho que estaríamos comendo capim pela raiz.
Drake riu divertido.
- O traje não tem tanta força assim agente. Se não fosse seus poderes eletromagnéticos você não conseguiria sequer segurar a onda de choque primaria.
Hank empalideceu. Se não ouvisse de Drake não teria acreditado. Não acreditava que tinha tanto poder.
- Acho que preciso repensar em minha carreira de agente.
- Precisa mesmo – disse a voz de Max na cama ao lado.
Os dois viraram-se. Max estava deitado na cama enquanto tomava soro no braço. Já tinha recuperado parte de sua cor natural.
- Ouvi a conversa que teve com Hans pouco antes do senhor Hammond chegar. Oque você fez é digno de merecer uma menção honrosa.
- Mas não sou agente – lembrou Hank chateado.
- Correção. Você não era agente. – interveio a voz do diretor na porta.
Trazia uma medalha na mão direita. Hank levantou-se de um salto.
Todos ficaram em pé.
- Hank Murdock – continuou - devido sua coragem e ousadia durante a missão de resgate a qual foi designa do, provaram que é digno da patente de agente de campo.
Lentamente entregou a medalha nas mãos de Hank, no centro da medalha via-se o logo da corporação, um “N” envolto em um triangulo.
Hank fechou a medalha em suas mãos. Não sabia oque dizer. Não precisou. O general concluiu.
- Você fará parte da nova equipe de exploração sob o comando de Sarah Jones e Max Simon.
Max parecia confuso, seu rosto refletia emoção e curiosidade ao mesmo tempo.
- E quem assumira a divisão antiterrorismo senhor? – perguntou timido.
- Será divulgado amanhã – respondeu o diretor em tom misterioso – Espero que seja alguém tão bom quanto o senhor, Sr. Simon.
Max sorriu encabulado. Não era costume do General Pontes elogiar seus agentes.
- Dentro de uma semana será realizado uma reunião para debatermos os detalhes da nova equipe – completou o general.
- General – disse Drake com seriedade. – Extrai informações do líder mercenário que considero de extrema importância.
- Me conte a caminho de minha sala senhor Hammond
Saíram os dois da ala hospitalar.
Hank voltou a sentar na maca,estava em estado de euforia interna.
- Eu agente – dizia repetidamente – Agente Hank Murdock. Melhor, melhor Agente Raio Vermelho ou então...
Continuou falando por alguns minutos. Max desistira de tentar dormir. Inclinou-se sobre a cama e ficou fitando o nada, ainda não acreditava que estava de volta. Agora fora designado para outra equipe, oque será que o destino lhe guardava.
Ficou pensando por horas, até que sucumbiu ao cansaço e dormiu.
Sarah passou na ala hospitalar no dia seguinte, conversaram por horas e horas. Hank já tinha recebido alta. Estava agora mudando suas coisas da cela para o dormitório. La também a Omega Bolt não poderia encontrá-lo, ficou furioso com ele mesmo por não pensar nisso antes. Fez algumas modificações no uniforme do Raio Vermelho, adicionou o símbolo da Nexus no braço esquerdo e, com ajuda do doutor Matsu revestiu a roupa com um material a prova de balas.
Drake voltou para o forte com Aminha e os outros rebeldes. Juntos formaram uma poderosa aliança rebelde no deserto.
Uma semana depois estavam prontos para a próxima missão. Tinham recebido um comunicado para comparecerem à sala do diretor.
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